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Guajará-Mirim



ABASTECIMENTO DE ÁGUA

No Município de Guajará-Mirim, o abastecimento se dá por meio de um sistema convencional que é prestado pela Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia – CAERD. O escritório da CAERD está localizado na avenida XV de Novembro no 1601, bairro Tamandaré. A captação de água é realizada no rio Mamoré e no igarapé do Palheta.

As informações comerciais obtidas junto a CAERD demonstram que o Município de Guajará-Mirim possui 10.318 ligações totais de água, sendo que desse total, 5.197 estão ativas, 3.582 estão inativas e 1.539 ligações são factíveis. Do total de ligações ativas, 5.129 ligações são hidrometradas, representando um índice de hidrometração de 98,69% (CAERD, 2018). Ao observara a Tabela 1, percebe-se que o índice de hidrometração diminuiu de 99,35% (2017) para 98,69% (2018).

Conforme ilustrado na tabela a seguir (TABELA 1), o índice de perdas na distribuição de água é muito alto, representando 52,12%. De acordo com informações obtidas no site no SNIS (2017), o índice de atendimento urbano é de 48,7%, o que demonstra que mais da metade da população não está sendo atendida com água tratada. 

Tabela 1 - Indicadores operacionais dos sistemas de abastecimento de água de Guajará-Mirim

Indicadores

Unidade 2017

Índice de Hidrometração

%

99,35

Índice de Micromedição Relativo ao Volume

%

47,52

Índice de Macromedição

%

0

Índice de Perda por Faturamento

%

43,84

Índice de Atendimento Urbano de Água

%

48,7

Índice de Faturamento de Água

%

56,16

Índice de Micromedição Relativo ao Consumo

%

99,25

Índice de Perdas na Distribuição

%

52,12

Índice Bruto de Perdas Lineares

m3/dia/km

19,34

Índice de Perdas por Ligação

L/dia/ligação

506,75

Índice de Consumo de Água

%

47,88

Índice de Fluoretação

%

0

Consumo de Energia Elétrica

1.000 kWh/ano

0,6

Fonte: SNIS (2019). 

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O Município de Guajará-Mirim possui um Sistema de Esgotamento Sanitário implantando e em operação. As obras foram financiadas pelo Governo Federal por meio de um convênio entre a prefeitura e a FUNASA. A CAERD é a detentora da concessão para realizar a operação do sistema de esgotamento sanitário.

A Tabela 2 apresenta os dados obtidos no site no SNIS e são referentes ao ano de 2017. O índice de coleta de esgoto foi de 21,03%, demonstrando que o tratamento de esgoto ainda é muito baixo em relação a população total do município. 

Tabela 2 - Indicadores operacionais dos sistemas de esgotamento sanitário de Guajará Mirim

Indicadores

Unidade

2017

Índice de coleta de esgoto em relação a população total

%

21,03

Índice de Tratamento de Esgoto Urbano

%

100

Índice de Atendimento Urbano de Esgoto

%

8,8

Índice de esgoto tratado referido à água consumida

%

21,03

Índice de Consumo de Energia Elétrica

kWh/m³

0,27

Índice de despesas por consumo de energia elétrica nos

sistemas de água e esgotos

R$/kWh

0,4

Duração média dos reparos de extravasamentos de esgotos

horas/extrav.

1,33

Extravasamentos de esgotos por extensão de rede

extrav./Km

0,22

Fonte: SNIS (2019). 

MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

No Município de Guajará-Mirim, Rondônia, os serviços de manejo de águas pluviais no são realizados pela prefeitura municipal. O Município está inserido nas Bacias dos Rio Guaporé e Mamoré. 

MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A prefeitura municipal de Guajará-Mirim realiza a coleta dos resíduos sólidos. A Tabela 3 ilustra os dados obtidos por meio do SNIS no ano de 2016. 

Tabela 3 - Indicadores de Desempenho do Manejo de Resíduos Sólidos no Município de Guajará-Mirim

INDICADOR

Unidade

2016

Taxa de empregados por habitante urbano

empregados/1000 hab.

0,91

Incidência de empregados próprios.

%

61,11

Incidência de empregados de empresas contratadas no total de empregados no manejo de RSU.

%

38,89

Incidência de empregados gerenciais e administrativos no total de empregados no manejo de RSU.

%

8,33

Taxa de cobertura do serviço de coleta de RDO em relação à população total do município.

%

100

Taxa de cobertura do serviço de coleta de RDO em relação à população Urbana.

%

100

Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) da população urbana do município.

%

100

Produtividade média dos empregados na coleta (coletores + motoristas) na coleta (RDO + RPU) em relação à massa coletada.

Kg/empreg/dia

3.686,41

Taxa de empregados (coletores + motoristas) na coleta (RDO + RPU) em relação à população urbana.

empregados/1000 hab

0,33

Massa coletada (RDO + RPU) per capita em relação à população urbana

Kg/hab.urbano/dia

1,03

Massa (RDO) coletada per capita em relação à população atendida com serviço de coleta.

Kg hab.atendido/dia

-

Incidência de (coletores + motoristas) na quantidade total de empregados no manejo de RSU

%

36,11

Taxa da quantidade total coletada de resíduos públicos (RPU) em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos domésticos (RDO).

%

-

Massa de resíduos domiciliares e públicos (RDO+RPU) coletada per capita em relação à população total atendida pelo serviço de coleta.

Kg/habitante/dia

0,87

Taxa de varredores em relação à população urbana

empregados/1000 hab.

0,25

Incidência de varredores no total de empregados no manejo de RSU.

%

27,78

Taxa de capinadores em relação à população urbana.

empregadores/1000 hab

0,15

Incidência de capinadores no total empregados no manejo de RSU.

%

16,67

Fonte: SNIS (2019).

 

perfilSocioEconomicoGuajaraMirim2

MAPA SETOR RURAL GUAJARÁ

COMITÊ DE COORDENAÇÃO
NOME  FUNÇÃO NO COMITÊ  REPRESENTATIVIDADE 
Waldemar Calvacante de Albuquerque Filho  Coordenador Geral Chefe de gabinete
Alexandre César Bouez da Silva Coordenador Adjunto Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Delny Cavalcante Junior Secretário (Titular) Associação Comercial
João Roque Machado de Lima Secretário (Suplente) Associação Comercial
Gerônima Melo da Costa Membro (Titular) Colônia dos Pescadores
Lucien Percina Zamona Membro (Suplente) Colônia dos Pescadores
Wilksandra Araujo Soares Membro (Titular) Conselho Municipal de Assistência Social
Francisca de Oliveira Brito Membro (Suplente) Conselho Municipal de Assistência Social
Paulo Zeed Estevão Membro (Titular) Empresa prestadora de serviço - Coleta de Lixo
Creuzelina Angela Ribeiro Membro (Suplente) Prestadora de Serviços de Água e Esgotos - CAERD
Augustinho Figueiredo de Araujo Membro (Titular) Câmara de Vereadores - Vereador
Camila Oliveira de Moura Membro (Titular) Câmara de Vereadores - Assessora
Representante do Núcleo Intersetorial de Cooperação Técnica (NICT) Fundação Nacional de Saúde

 

COMITÊ EXECUTIVO
NOME  FUNÇÃO NO COMITÊ  REPRESENTATIVIDADE
Fagner Rodriguez Ramos  Coordenador Geral Coordenadoria Municipal de Planejamento
Fabio Ferreira da Silva Coordenador Adjunto Secretaria Municipal de Agricultura
Edilson Ribeiro de Morais  Membro (Titular) Coordenadoria Municipal de Planejamento
Angelita Lopes Robeiro Membro (Suplente) Coordenadoria Municipal de Planejamento
Amanda do Nascimento Suzuki  Assessor Técnico de
Engenharia (Titular) 
Chefia de gabinete
Nikolas da Silva Roca Assessor Técnico de
Engenharia (Suplente) 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMA
Eliziana Caetano de Oliveira Assessor Técnico de
Comunicção (Titular) 
Coordenadoria Municipal de Planejamento
Carmens Frans Cuentro Lucas Serrath  Assessor Técnico de
Comunicção (Suplente) 
Coordenadoria Municipal de Planejamento
Jobson de Souza Campos Técnico e m informática
(Titular)
Chefia de gabinete
Adalberto McComb Palacio Minotto Técnico e m informática
(Suplente)
Chefia de gabinete
Maxsamara Leite Silva Secretária Geral Coordenadoria Municipal de Administração
Lumara Rayane de Paiva Secretária Adjunto Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMA
Tatiana de Macedo Costa Representante Engenharia Equipe Técnica Permanente IFRO/TED/FUNASA/Nº 08/2017
Gedeli Ferrazo Represenante Estudos Sociais  Equipe Técnica Permanente IFRO/TED/FUNASA/Nº 08/2017

 

Os dados aqui apresentados se referem a pesquisa de campo desenvolvida junto à população do município, tendo como finalidade averiguar situação dos serviços de saneamento básico no município e de seus impactos nas condições de vida da população. 

A coleta de dados in loco se deu por meio de questionários, com auxílio do aplicativo Interviewer. Houve a aplicação de três questionários socioeconômicos: um para levantamento de dados urbanos (com 70 a 100 perguntas), um para dados rurais/povos tradicionais (também com 70 a 100 perguntas) e um para ser aplicado aos catadores de resíduos sólidos (2 tópicos com aproximadamente 20 perguntas cada). As perguntas abrangiam o perfil residencial/socioeconômico e os quatro componentes do saneamento básico. O Esquema 1 mostra os marcadores processuais de levantamento de dados no Município, que caracteriza a concepção metodológica.

Esquema 1 — Concepção da coleta de dados

1°. O que foi coletado: Dados socioeconômicos das área rurais e urbanas.

2°. Com quem foi coletado: Residentes dos domicílios selecionados conforme o método de amostragem.

3°. Quem coletou: Equipe do Projeto Saber Viver, ACSs do Município e alunos do IFRO.

4°. Como foi coletado: Aplicaão de questionários com auxílio do aplicativo Interviewer.

5°. Análise dos dados com softwares estatísticos.

Fonte: Projeto Saber Viver(2019), IFRO/FUNASA(TED 08/2017).

Para que se pudesse realizar inferências sobre a população, garantindo-se representatividade factível e segura da realidade do cenário municipal, a quantificação de questionários necessários, bem como sua distribuição, se deu pelo emprego de método probabilístico, com emprego de amostragem por conglomerados. Inicialmente, define-se o tamanho da amostra no Município, por meio de cálculos que empregam a Fórmula 1.

Fórmula 1 - Fórmula para definição de amostras de levantamento do Município

Imagem formula

n = Tamanho da Amostra
Z = Abscissa da Normal Padrão
p = Estimativa da Proporção (sim = 50% = 0,5)
q = 1 – p (não = 50% = 0,5)
N = Tamanho da População
£ = Erro Amostral (máxima diferença a ser suportada)

Na fórmula, Z corresponde ao valor de 1,96, por ter sido aplicado nível de confiança de 95%. O tamanho da população foi pautado na projeção do IBGE para 2018, e o tamanho da amostra (separadamente entre população urbana e rural), dividido pelo número médio de moradores por Município, conforme a projeção. A Tabela 1 demonstra um exemplo ilustrativo do resultado após aplicação da fórmula:

Tabela 1 - Exemplo de amostragem de domicílios a serem visitados no Município

POPULAÇÃO (PROJEÇÃO DO IBGE PARA 2018)

AMOSTRA

MORADORES POR DOMICÍLIO

DOMICÍLIOS A VISITAR

Urbana

2.320

330

2,63

125

Rural

3.118

342

2,85

120

Fonte: Projeto Saber Viver (2019), IFRO/FUNASA (TED 08/2017). 

Após a obtenção do número de domicílios a serem visitados, foram sorteadas as residências em que seriam coletadas as informações requeridas por meio de questionários. Em cada domicílio foram registrados todos os moradores, garantindo-se a amostragem realizada pelo número de pessoas entrevistadas e não de domicílios.

Na área urbana, foram sorteadas quadras (inseridas nos setores/bairros) para definir a localização (foco) dos domicílios a serem visitados. Na área urbana, o procedimento inicial foi a escolha de um domicílio ao acaso pelo agente coletor na quadra sorteada. Realizada a entrevista, desconsiderava-se o próximo domicílio à direita, coletando-se no seguinte e assim por diante, até completar o volume de dez domicílios por quadra e o número total de domicílios do extrato.

GUAJAR195129 MIRIM

Dados Urbanos 

Dados Rurais e Povos Tradicionais  

O Painel de Indicadores de desempenho do Plano municipal de Saneamento Básico - PMSB tem como objetivo o controle social da execução do PMSB, de modo a aperfeiçoar e ampliar a influência da sociedade no processo decisório em relação à definição de demandas e a implementação e gestão dos serviços de Saneamento Básico nos municípios.

Para sua construção foi considerada a utilização, pela sociedade, dos Indicadores de desempenho no acompanhamento e monitoramento do PMSB, consoante o dispositivo da Lei n° 11.445/2007 que estabelece, no Art. 2o, inciso X, o controle social como um dos seus princípios fundamentais e no Art. 3o o define como o “conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico” (BRASIL, 2007).

O painel encontra-se estruturado em grupos de indicadores de desempenho, que permitirão a sociedade e aos gestores municipais o acompanhamento e monitoramento da evolução do PMSB. Os indicadores estão distribuídos em 4 dimensões, a saber: Governança, Habitabilidade, Integridade Ambiental e Saúde.

  1. Governança: envolve indicadores econômicos, sociais e jurídicos destinados a otimizar a organização do poder público de maneira a promover a correta e suficiente captação de recursos financeiros, organização de contratos, prestação de contas, transparência e a entrega de serviços de saneamento nos quatro eixos (EOS, 2019);
  2. Habitabilidade: envolve indicadores que permitam a identificação do perfil das habitações de determinada região, facilitando a entrega, pelo poder público, de serviços de saneamento na totalidade do saneamento básico (LERVOLINO & SCABBIA, 2015);
  3. Integridade Ambiental: envolve indicadores para uma diagnose adequada à compreensão dos aspectos ambientais da região, os impactos negativos que tenham sido impostos sobre o meio ambiente e que permitam a mitigação dos mesmos visando a conservação da qualidade da água e dos mananciais, a minimização da contaminação de água e solo que eventualmente já haja ocorrido; redução de efluentes e de resíduos sólidos; evitar perdas de água tratada. (CALIJURI, et al., 2007);
  4. Saúde: envolve indicadores necessários à correta identificação das condições de morbidade ou higidez da população, permitindo a proposição de ações e serviços que levem à redução de agravos de saúde de doenças relacionadas à ausência de serviços de saneamento básico (CALIJURI, et al., 2007).

Painel de Indicadores de desempenho do PMSB

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